Varejo híbrido: por que apostar nesse modelo
Entenda melhor como funciona esse modelo que une o físico e o digital, e veja como aplicar no seu negócio
Ao contrário do que muitos imaginaram, as vendas digitais não acabaram com o varejo físico. Ir à loja, experimentar produtos, vê-los de perto ainda faz parte da experiência de compra. Porém, há sim uma transformação e, impulsionados pela pandemia, os consumidores estão mais à vontade com compras on-line. Para quem atua com o físico, isso não significa sair do jogo, mas sim se adaptar, e uma boa forma é aderindo ao varejo híbrido.
Esse modelo nada mais é do que a união entre o físico e o digital. O segredo nesse formato é a integração, permitindo que os clientes tenham uma opção completa e multicanal. Seja para que vejam os produtos e depois comprem online, ou retirem na loja, aqui a ideia é proporcionar a melhor experiência para o público.
Varejo híbrido e tendências de consumo
A praticidade do e-commerce está em fazer compras sem sair de casa. Escolher o produto e recebê-lo na porta. Ainda assim, os consumidores estão sempre em busca de novas soluções e são eles que ditam as tendências de comportamento do mercado.
Segundo um levantamento da Opinion Box em parceria com a Dito, os preços melhores são o principal fator que leva as pessoas a comprarem online. Por outro lado, a demora na entrega é um impeditivo para mais 50%.
Além disso, quem prefere o presencial quer poder experimentar e trocar o produto. Mas uma coisa é fato: a maioria acredita que a experiência on-line não substitui totalmente a das lojas físicas. Ou seja, os consumidores querem os dois, de preferência de forma integrada.
Como aplicar o varejo híbrido
Para quem atua só com o varejo físico, é necessário um processo de adaptação maior, que inclui a criação de um site ou inclusão da marca em um marketplace.A partir daí, confira nossas dicas para aplicar o varejo híbrido:
Integre os canais de venda
O primeiro passo é ter um sistema único para o físico e digital. Isso permite controlar melhor o estoque, e ainda oferece indicativos do comportamento dos clientes. Por exemplo, se a maioria opta pela entrega em casa, mesmo comprando na loja física, é possível desenvolver uma estratégia que favoreça a logística de transporte.
Amplie as opções de entrega e retirada
Algumas varejistas atuais oferecem a opção de retirar um produto em loja. Assim, a pessoa escolhe o que quer on-line e retira onde o produto estiver disponível. Porém, a entrega ainda é um ponto alto do e-commerce, mas também seu maior desafio. O alto custo de frete é um fator impeditivo para 73% dos consumidores, e buscar formas de mudar esse cenário é a maior dificuldade das empresas.
Para mudar isso, é necessário ampliar o leque de opções para os clientes e investir em novos formatos, como por exemplo a dark store. Esse conceito se refere a uma espécie de “mini centro de distribuição”, ou uma loja escura que possui estoque, mas não é aberta para o público.
Ao contrário de um grande armazém, é menor e está localizada em grandes centros. Com isso, fazer a separação e entrega dos produtos fica mais rápido. Uma forma eficiente de atender a esse modelo é utilizando self-storages, que contam com diferentes opções de tamanho e configuração e são de fácil acesso.
Invista no pagamento digital
Mesmo na loja física, é preciso ter opções de pagamento digital, como por exemplo, através de QR Code. Assim, os clientes podem ler o código e comprar de seu aplicativo digital de preferência, sem a necessidade de um cartão.
O varejo híbrido veio para ficar, já que os consumidores não querem escolher entre um tipo e outro, e sim, apostar nos dois, de acordo com as suas necessidades.